Um lagarto, um crocodilomorfo e um dinossauro, o maior exemplar carnívoro do Brasil, além de novas propostas referentes a penas fossilizadas foram apresentados à imprensa na manhã desta quarta-feira (16), no auditório da Academia Brasileira de Ciências, no Centro do Rio. Elas estarão expostas a partir de amanhã, quinta-feira (17), no Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
As descobertas científicas fazem parte de um volume intitulado Anais da ABC com 20 trabalhos inéditos sobre a biodiversidade do passado, tanto do Brasil como de outros países. É a primeira vez que um volume reúne participações de pesquisadores de todo o mundo sobre dinossauros e é editado e publicado em uma revista científica brasileira.
Dinossauro teria entre 12 e 14 metros
Antes da apresentação dos quatro fósseis os autores dos artigos falaram sobre a pesquisa. A paleontóloga Elaine Machado, do Departamento de Paleontologia e Geologia do Museu Nacional/UFRJ, disse que a descoberta do maior dinossauro carnívoro brasileiro, o , aconteceu por acaso.
“É como acontecem a maior parte das descobertas científicas. Foi sem querer. Eu não esperava encontrar um material tão bem conservado e fixo no local”, explicou Elaine, que coletou os restos da cabeça do espinossaurídeo enquanto trabalhava na Laje do Coringa, localidade na Ilha do Cajual, no Maranhão.
De acordo com a paleontóloga, o nome “oxalaia” é inspirado na divindade da religião africana e “quilombensis” vem da palavra “quilombo”, pois no local havia um refúgio de escravos. Além disso, o espinossaurídeo encontrado seria mais próximo dos dinossauros da mesma espécie encontrados na África do que com os brasileiros. O motivo, segundo Elaine, seria o fato da ilha estar ligada à África no passado. “O Cajual não estava totalmente separado do Brasil e esteve ligado ao continente africano. Acreditamos que foi assim que a espécie foi transportada”, disse ela.
Fonte: Último Segundo

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